A administração que faz a diferença!

“O maior aprimoramento das forças produtivas do trabalho, e a maior parte da habilidade, destreza e bom senso com os quais o trabalho é em toda parte dirigido ou executado, parecem ter sido resultados da divisão do trabalho”. Adam Smith — Livro A Riqueza das Nações, capítulo 1

Ao longo da história, vários pensadores da academia e do ambiente corporativo sempre buscaram formas de melhorar e inovar o trabalho para gerar maior produtividade e valor para as partes interessadas.

Mas vamos lá!!! Foi exatamente na revolução industrial, a partir da segunda metade do século XVIII, que esta busca se espalhou pelo mundo, causando grandes transformações. Ela garantiu o surgimento da indústria e consolidou o processo de formação do capitalismo, surgindo no decorrer grandes invenções como a luz elétrica, o telégrafo, o telefone, o carro etc.

O que foi interessante é que Henry Ford, pioneiro inventor do carro, revolucionou a forma de transporte e locomoção das pessoas, mas nos anos seguintes Alfred Sloan Jr, assumiu a presidência da Chevrolet de uma empresa concorrente que conhecemos, hoje, como General Motors, e esse movimento do mercado forjou uma nova concorrência para o setor e trouxe benefícios para toda a cadeia produtiva, principalmente, para os clientes que podiam escolher o melhor modelo de carro para as suas necessidades.

Entretanto, outros pensadores se notabilizaram no âmbito do pensamento acadêmico, onde emergiram teorias burocráticas como as de Max Weber, Taylor e Fayol e entre estes precisamos citar o especialista Peter Drucker, reconhecido como Pai da Administração Moderna. Ele teve a preocupação de olhar para dentro das organizações enquanto só se preocupava com o que acontecia fora e com seus inúmeros livros e artigos nos brindou com uma verdadeira revolução na forma como as organizações deveriam ser administradas e pasmem: suas ideias, em pleno século XXI, ainda são seguidas. 

Mas essa tal de Administração é ciência ou arte?

Acredito que seja uma simbiose entre ambos! Ora por quê? Existem várias histórias inspiradoras de líderes e especialistas que mudaram para sempre como a “administração deve fazer a diferença”. Podemos citar pelo menos algumas dessas pessoas, por exemplo: Jack Welch, líder emblemático que transformou a General Eletric; Steve Jobs, outro líder emblemático que revolucionou a indústria de tecnologia da informação; Ozires Silva, brasileiro que revolucionou a indústria da aeronáutica no Brasil e no mundo com a nossa Embraer!

Será que existe uma fórmula mágica que faça uma organização ou empresa funcionar e se notabilizar no seu setor de atuação?

Creio que não! Porém, se você notar, talvez exista algo em comum nessas histórias vitoriosas que precisaram de muita inspiração, mas principalmente, transpiração! Em tese, podemos propor uma possível equação para um determinado empreendimento, que seria a seguinte:

“(Resultado superior realizado) é igual (a liderança transformadora) que (inspira, desenvolve e aplica conceitos e métodos adequados) através de (pessoas habilitadas possam operar processos estruturados de forma ágil) para (gerar produtos e serviços de qualidade superior) que (supere as expectativas e necessidades dos clientes) e (valor para todas as partes interessadas)”.

Então, que ações posso fazer para buscar um novo “modus operandi” e transformar a minha empresa ou organização?

1) “IDENTIFICAR E PATROCINAR UMA LIDERANÇA”

O primeiro passo fundamental é que a empresa ou organização precisa estar ciente que precisa enfrentar seus problemas críticos e o caminho é indicar, preparar e patrocinar o líder que irá conduzir esse processo de mudança almejada pela organização.

2) “REALIZAR UM DIAGNÓSTICO COM PROGNÓSTICO DA REAL SITUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO”

O segundo passo é realizar um diagnóstico que gere um prognóstico detalhado e conciso dos problemas críticos da empresa ou organização. Ninguém precisa ter medo da própria incapacidade de resolver um problema, seja ele gerencial ou qualquer outro”. Afinal, a partir de uma posição de desconhecimento podemos reconhecê-lo de maneira consciente para obter ótimas soluções. E nesse ponto é sempre recomendável uma avaliação externa isenta e de qualidade, visando ajudar a traçar o caminho para transformar a organização no rumo desejado.

3) “FAZER ACONTECER NA ORGANIZAÇÃO”

As empresas que se apegam ao passado estão fadadas ao fracasso! Por que? Porque toda mudança é inevitável e a adaptação a ela é necessária para alcançar o sucesso desejado! Para tanto um bom plano é melhor do que nada! Por isso é preciso implementar um plano de ação a ser conduzido pela liderança e equipe de projeto que possa realizar de forma rápida suas entregas e gerar os resultados requeridos para transformação da organização.  

4) “TRANSFORMAR OS PROCESSOS E PESSOAS DA ORGANIZAÇÃO”

O desenvolvimento de novas habilidades para potencializar boas práticas e implantar métodos de referenciais externos pertinentes, também é um bom caminho para a inovação do modelo de negócio e sem métodos e tecnologias adequadas operadas por pessoas motivadas e capacitadas os processos de negócios das empresas não poderão a proposta de valor desejada.

5) “AVALIAR OS RESULTADOS E DESEMPENHO”

De modo geral, as empresas ficam de certa forma “congeladas” com o seu desempenho atual e ficam demasiadamente preocupadas com seu ambiente no futuro, sem se concentrar na definição e realização de objetivos realizáveis. A avaliação dos resultados e desempenho dos projetos de transformação é fundamental para mostrar os resultados visíveis dos indicadores principais do negócio.

E aí o que acharam? Muito interessante e aplicável no dia a dia de nossas organizações, sejam elas privadas e públicas? 

O ato de administrar é algo muito importante e deve ser levado com muita seriedade e aqueles que querem fazer a diferença e desejam se tornarem líderes bem-sucedidos, devem primeiro calçar as sandálias da humildade. Uma vez ouvi de um especialista do Prêmio Nacional da Qualidade de 1996 duas frases que me marcaram: “Não sabia que não sabia” e “Aprendi a aprender”!

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¬ ARTIGO ESCRITO POR ELYSSON RIBEIRO.

 

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